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Santa Teresa /ES

Itinerário

Para as praças deste município não há linhas fixas para os ônibus, todos veiculam de forma aleatória em todo percurso circular urbano.


Santa Teresa é um município brasileiro na região serrana do Espírito Santo. Está situado a 78 km da capital capixaba Vitória, com área de 683,032 km2 e altitude de 655 m na sede. É a sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e reconhecida pelos governos federal como pioneira na imigração italiana no Brasil (com polêmicas), e capixaba como a capital estadual da imigração italiana, gastronomia italiana, jazz e blues. Seu centro histórico foi tombado em 2019, mas o processo foi paralisado em 2020.

O município surgiu da colonização por italianos, poloneses, alemães, suíços e outros imigrantes europeus do Núcleo do Timbuí na década de 1870. Os italianos, principalmente do Trentino, Lombardia e Vêneto, predominavam e determinaram a atual cultura, com uma identidade que enfatiza o passado da colonização e exalta os pioneiros. A cidade emergiu do zero em meio à floresta, com uma sociedade de pequenos agricultores. A religiosidade era marcante. A cafeicultura era a força motriz da economia, criando uma classe de comerciantes e a convivência com os brasileiros. A emancipação de Santa Leopoldina foi obtida em 1891. As condições de vida iniciais eram precárias, mas a economia agrícola continuou a crescer no século XX. Os colonos e seus descendentes expandiram a frente pioneira pelo "vale do Canaã", até e além do rio Doce. Os distritos de São Roque do Canaã, onde havia alguma industrialização, conseguiram emancipação em 1995.

A topografia é acidentada, com altitudes de 90 a 1.040 m acima do nível do mar, diferenciando a baixada do rio Santa Maria do Doce, quente e seca, das terras altas mais frias e úmidas, onde está a sede. Vários rios capixabas têm suas nascentes nas terras altas, como o Timbuí, que banha a sede. A Mata Atlântica local tem elevada biodiversidade e é uma das mais estudadas. Seus fragmentos remanescentes cobriam 32,1% do município em 2012/2013, com diversas áreas de conservação, além de atividades de ensino e pesquisa no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo cientista e conservacionista teresense Augusto Ruschi. Os colibris são símbolo local.

46% dos teresenses viviam no campo em 2010, a maioria agricultores familiares, mas a maior parte do Produto Interno Bruto está no setor de serviços. As maiores áreas plantadas são de café, mas o eucalipto tem extensa cadeia produtiva e o município tem a maior produção vitivinícola do Estado. A industrialização consiste em algumas agroindústrias. Os serviços incluem instituições de ensino superior, um hospital com atendimento a outros sete municípios e um setor de turismo em expansão. Seus atrativos são as florestas, montanhas, vales, cachoeiras, arquitetura histórica (como a Casa Lambert) , culinária (especialmente na Rua do Lazer) e eventos (como a Festa do Imigrante Italiano). Em partes rurais das terras altas, como no Circuito Caravaggio, há procura por chácaras, condomínios e outros estabelecimentos. 

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